quinta-feira, novembro 7

Continuando a falar sobre ontem...
ou - Meu Pai

quando eu cheguei em casa eu estava num estado que agora, olhando pra trás , eu acho engraçado. Eu entrei em casa com aquele espírito: "está tudo bem, você sobreviveu, não precisa preocupar as outras pessoas nem precisa chorar". Aí eu disse "Oi, Mãe" - ela estava ensinando tarefa no hotelzinho... virou e disse "Oi, Filha!" e voltou a fazer o que fazia. Eu subi respirando fundo.... aí quando cheguei lá em cima, meu pai estava lá, sentado no sofá, vendo tv. No outro sofá, tava minha irmã dormindo. Aí ele disse "Oi, minha filha!", levantou e me deu um abraço beeeeem demorado. Uma eternidade de abraço. Eu me senti muito bem e ainda segurava o choro. No fim da eternidade, ele me soltou e começou a perguntar, enquanto sentava [e eu sentava no outro sofá], se eu tinha vindo da terapia e como é que tinha sido. E eu comecei a contar pra ele da batida, da Agamenon e do ônibus errado e minha voz tremia e eu comecei a chorar... Aí ele disse "ô, minha filha! Por que você não ligou pra mim? Eu tinha parado o que estivesse fazendo pra ir buscar você!" =..) E eu expliquei que passou pela minha cabeça, mas enfim, eu estava bem, podia andar e tal.. e ele estava ocupado, não havia necessidade.. "Ô, minha filha"... Eu já tava chorando muito.
Ele começou a rir um riso doce, levantou e sentou do meu lado e me abraçou. E começou a falar sobre a vida na cidade grande, que era assim mesmo, que essas coisas acontecem e que eu deveria ter contado com ele... Eu estava escutando, mas era secundário... abraço importava muito mais.... chorar no peito dele importava muito mais. Ele disse que me amava algumas vezes nesse início de tarde... Meu pai...
Disse para irmos ao cinema! Pra eu me animar! [ele tinha a tarde livre!! Eu nem tinha lembrado disso e andei a Rui Barbosa inteeeira por achar que ele estava ocupado. Eu tb não tinha aula]. Então eu fui tomar um banho.. fomos levar meus irmãos ao ortodontista... no caminho, ele perguntou sobre Napoleão.... de onde ele era, se alguém sabia da história... Eu sabia de algumas coisas, então comecei a contar... Aí ele ficou falando da importância desse tipo de conversa entre nós, de sabermos das coisas e tal... Depois do ortodontista, fomos ao Shopping lanchar e ir ao cinema. Durante o lanche, ele falou do trabalho.. da importância do trabalho.. contou algumas coisas sobre o trabalho dele e nos deu sugestões para o futuro. Assistimos aos curtas que a Petrobrás tem exibido às 18h. Dois curtas muito interessantes [não sei sobre meus irmãos, mas eu e meu pai adoramos, com certeza] sobre Patativa do Assaré e Evaldo Coutinho.. enfim... de menos. Voltamos pra casa.. ele ainda ficou aqui um tempo, até chegar a hora de ir pro apartamento dele.

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