quinta-feira, agosto 30

domingo, julho 1

Retratos da violência


Marcelo Salles

A violência policial e a incipiente resistência popular no Complexo do Alemão, ocupado há quase dois meses pela Polícia Militar do Rio de Janeiro

Sadraque Santos é fotógrafo. Mora no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, e se formou recentemente na Escola Popular de Comunicação Crítica, realizada pelo Observatório de Favelas. Assim como a esmagadora maioria de seus vizinhos, Sadraque precisa sair de casa para trabalhar. Mas o que deveria ser uma atividade banal tem sido um verdadeiro tormento desde que a polícia ocupou o conjunto de doze favelas do Complexo do Alemão, que abrange os bairros da Penha, Inhaúma, Bonsucesso, Ramos e Olaria e reúne 200 mil pessoas.

Todo dia Sadraque pega sua câmera fotográfica, mochila e equipamentos, como lentes, pilhas, baterias, cartões de memória e outros necessários para os cliques que lhe garantem a subsistência. Por três vezes tentou sair para trabalhar, mas foi impedido pelos policiais.

— Na primeira, tive que dar a volta e sair por outro lado. Em outra, tentei dar a volta, mas tava tudo fechado. Tive que esperar até onze horas da manhã para ir trabalhar. Nosso “di reito de ir e vir” nunca é respeitado.

Com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Força Nacional de Segurança, a Polícia Militar ocupa o Complexo do Alemão desde o dia 2 de maio. A concentração é na Vila Cruzeiro, onde estariam escondidos os bandidos que mataram dois policiais militares em Oswaldo Cruz, segundo a versão da polícia. Até o dia 6 de junho, os números oficiais davam conta de 17 mortos e mais de 50 feridos na região. Trata-se de uma das ocupações mais longas da história do Rio.

Desta vez chamaram a atenção as barricadas levantadas para impedir a entrada do “caveirão”. Alguns disseram que foram os bandidos, outros levantaram a hipótese de que moradores tomaram a iniciativa. Sadraque explica:

— É a rapaziada que coloca para impedir a entrada do “caveirão”. Quem coloca são os caras, mas se perguntar pro trabalhador, ele vai concordar. Porque quando o “caveirão” vem na favela, mata trabalhador também. Fizeram na Penha, na Fazendinha e no Complexo do Alemão. Tá morrendo muito inocente.

texto na íntegra: http://www.anovademocracia.com.br/35/10.htm

sábado, janeiro 13

selenita

A selenita (do grego selënë, lua) é uma variedade de gipsita bem cristalizada e com aparência vítrea.

O termo também designa (a) o hipotético habitante da lua ou (b) um cristal usado para meditação.

Selene

Selene é a deusa grega da lua, era filha de Hipérion e Tea, tendo como irmãos, a deusa Eos , e o deus Hélios.

Um de seus melhores mitos sabidos envolve um simples, mas belo pastor, cujo nome era Endymion. A deusa da lua se apaixonou por este mortal, um caso que, conseqüentemente resultou no nascimento de cinqüenta filhas. Mas Endymion era, aliás, ser humano, e assim suscetível ao envelhecimento e eventualmente à morte. Selene não podia carregar o pensamento deste fato cruel. Então, assegurando que Endymion permanecesse eternamente jovem, fez com que o belo jovem dormisse para sempre. Desta maneira, Endymion viveria sempre, dormindo com a mesma aparente idade.

Selene é muito associada á Artemis, ou Hécate, mas vale lembrar, que esta deusa representa todas as fases da Lua, e é a pura personificaçao deste astro sendo seu nome romano Lua ou Luna...

Tradicionalmente ela é celebrada no dia 7 de fevereiro.