segunda-feira, outubro 13

ultimas

e o mundo gira tão rápido que eu fico tonta e caio de nariz no chão.

e sexta eu chorei.. sábado, refleti.. domingo eu cantei; e ri...

e ganhei uma obra de arte em forma de lenço de seda, que usei como blusa e me senti a mulher mais milionária do mundo. E me tornei caçulinha, pela primeira vez na vida.

e Dai, aquela menina pequena, aquela mulher velha e sábia, falou pra mim no telefone - "ai, amiga... o problema é que o coração não procura segurança... o coração quer mesmo fortes emoções"...

e a vida me leva, e eu me entrego, mas de olhos abertos, e a luz de Varda me acompanha.

.::: Me entrego porque ouvi uma vez:
"Carol... aconteceu uma vez que um casal estava velejando, e veio uma tempestade, e foram puxados por um redemoinho, e caíram na água. E o marido lutou e lutou, nadou e tentou, cansou e morreu. E a esposa, a esposa se entregou, e rodou e rodou, e foi jogada pra fora da correnteza, e viveu."

.::: e também porque vi a DoRi [nossa íDaLa!] pendurada na língua da baleia gritando "SOOOOOLTA!!! VAI FICAR TUDO BEEEEEEM!! PODE SOLTAAAAAAR!" e depois sendo arremessada pra fora naquele jato d'água junto com o peixinho incrédulo...

então tá bom, tá bom... não tem que fazer tanto sentido.

O mundo gira e eu giro junto, de olhos abertos, mas entregue.

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