vi o cadáver.
ele andava de branco e enviava mensagens do além ao meu celular.
o gelo do corpo se espalhou por mim.
apesar de eu insistir: não fui eu quem morreu dessa vez,
não existe corpo, nem suor, nem sexo.
não há homens nem mulheres. não há sangue.
apenas as coisas permanecem, insípidas,
numa mononia azul.